quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Saudades

da minha prima A. Muitas saudades! muita pena que cá não esteja...
O quão orgulhosa ela ia estar por a filha ter entrado na faculdade..
Parabéns C.! seguramente que o céu se abriu para lhe mostrar, cá na terra, a mulher bonita em que te tornaste!

(no central park, os meus momentos na estatua da alice no pais das maravilhas foram sempre a pensar em ti! lembro-me muitas vezes desse momento, de mim sentada no regaço dessa alice, enquanto esperava pela foto do P., a pensar no teu regaço. nos momentos em que cuidaste de mim...)
Outro dia, disse-me a mae de uma amiguinha do dos miúdos na escola:
 - sabe, a minha filha é tão apaixonada pelo seu filho p!
 - a sério? e como sabe?
 - ela disse-me que ama o p. de amor! e quando lhe perguntei porquê ela respondeu que era porque ele é diferente dos outros meninos, não transpira e não cheira mal!
:)

E mais uma vez se comprova que há razões para o amor, que a própria razão desconhece. Ou então, que para além de cego, o amor não tem cheiro!

(é lindo o meu filho p., mas não cheirar mal é coisa que não lhe assiste!)

despojos do dia

passamos o fim de semana passado em "eventos", infantis, pois claro. festas de aniversário, natação, atelier de construção de fantoches em esponja, mais festas de aniversário. Como se não bastasse, domingo de tarde fomos ver uma igreja perto de cada da minha mae e P. foi de imediato convidado para levar um andor da procissão:)
Convite é uma forma de dizer porque é evidente que era impossível dizer que não... ainda tentei argumentar que tínhamos de ir para casa fazer trabalhos de casa (o que era verdade) mas já devia saber que não se argumenta com homens de deus. "Ah, os trabalhos de casa, sim, são importantes, mas um sacrifício tao pequenino em nome de deus... olhe que depois os trabalhos de casa vao ser muito mais facilitados..."
pois! podíamos lá ficar com o peso na consciência... assim como assim, ficamos sem peso na consciência, mas o P. ficou com um peso considerável aos ombros! Eu, só da alça da máquina, que usei para ininterruptamente captar os melhores momentos deste acto de boa vontade. Vá-se lá dar o caso de ter de lembrar os ceus desta nossa participação e ter de o comprovar fotograficamente...
certo é que, coincidência ou não, a procissão terminou e quase imediatamente a seguir caiu uma chuvada como há muito não se via, carregada de trovões e luzes ameaçadoras...
Nós já tínhamos feito a nossa parte... mas que las hay, las hay!

terça-feira, 16 de setembro de 2014

gosto

do momento em que, meio a dormir, abro os olhos, e ele me tira o livro das mãos (que lá ficou, também adormecido) e me aconchega os cobertores.

segunda-feira, 8 de setembro de 2014


A diferença tem sido tao gradual e tão impercetível, que eu acho que ele ainda não percebeu.

Mas tenho-a eu percebido desde há uns meses para cá.

Não é no comportamento ou no sentimento, é apenas no dizer e assumir esse sentimento.

Sei que gosta deles como seus filhos (que são) desde quase sempre, mas nos últimos meses, tem vindo  sempre a chamá-los de filhos. Sempre que um se dirige a ele, ele responde, tão naturalmente como eu: sim, filho.

Não é grande a diferença, eu sei. Porque as palavras são o menos. Mas é um dizer, de forma absolutamente consciente e inconsciente que são (os meus), os filhos dele (os nossos).

Antes, chamava-os pelo nome, numa espécie de paternidade mais tímida. Agora, chama-os pelo que lhe são. Filhos, filhotes, filhos. Em palavras que ecoam em nós com a naturalidade de que sempre assim foi.

Tao simples, afinal, os laços!