segunda-feira, 8 de setembro de 2014


A diferença tem sido tao gradual e tão impercetível, que eu acho que ele ainda não percebeu.

Mas tenho-a eu percebido desde há uns meses para cá.

Não é no comportamento ou no sentimento, é apenas no dizer e assumir esse sentimento.

Sei que gosta deles como seus filhos (que são) desde quase sempre, mas nos últimos meses, tem vindo  sempre a chamá-los de filhos. Sempre que um se dirige a ele, ele responde, tão naturalmente como eu: sim, filho.

Não é grande a diferença, eu sei. Porque as palavras são o menos. Mas é um dizer, de forma absolutamente consciente e inconsciente que são (os meus), os filhos dele (os nossos).

Antes, chamava-os pelo nome, numa espécie de paternidade mais tímida. Agora, chama-os pelo que lhe são. Filhos, filhotes, filhos. Em palavras que ecoam em nós com a naturalidade de que sempre assim foi.

Tao simples, afinal, os laços!

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