quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014


Sobrevivemos, não sei bem como, à festa de aniversário dos 3.

Cinema com amigos dos mais velhos no sábado de manhã, festa com amigos da escola do mais novo em casa, a partir das 14.30 e festa com família e amigos, lá em casa, a partir das 17horas.

Passei horas a cozinhar, horas a lavar louça e limpar chão, horas a vigiar dezenas de meninos, horas a deitar fora papeis e a organizar presentes.

Num só dia entraram lá em casa, entre amigos dum, amigos doutros, amigos comuns e família, seguramente mais de 100 presentes.

E o próximo fim de semana será para organizar os brinquedos que, sendo excedentes, vão ocupar outras casas, fazer felizes outros meninos.

Correu bem, a final.

Nenhum menino se magoou (com excepção de um dos nossos, mas sem gravidade), e os nossos pequeninos estavam verdadeiramente felizes.

O mais novo, absolutamente extasiado com a ideia de ter uma festa só para ele, o centro das atenções.

Domingo, depois das arrumações, voltamos à rotina, com mais um trabalho de um palhaço em 3D para o j., levar para a escola.

Ontem, depois de lhes dar de jantar, banho e ler historias, adormeci, de cansaço, às 10 da noite.

É assustador o ritmo a que correm os nossos dias, todos os dias. A nossa falta de tempo para abrandar. A impossibilidade de abrandarmos.

Lembro-me muitas vezes, do livro que li, sobre a mulher que um dia acordou, no dia a seguir aos filhos gémeos saírem de casa para a faculdade no exterior, e se sentiu incapaz de sair da cama. Não é que não quisesse, simplesmente não conseguia. Será que algum dia isso me vai acontecer? Haverá um dia em que acordarei sem vontade de me mexer?
Se tudo correr conforme os meus planos, não:)
 

 

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014


E hoje o meu amor mais pequenino faz seis anos.

É impressionante como o meu amor por ele cresceu, até chegar a esta enormidade que não me cabe no peito.

Quando nasceu, não foi de imediato que conseguiu ocupar o seu lugar. Os irmãos ainda eram muito pequeno, acabados de fazer dois anos e com muitas mais necessidades que um bebé que só precisa de ser alimentado e ter a fralda limpa. Os mimos eram divididos pelos três, mas fiquei sempre com a sensação de que não lhe dei tanta atenção quanta a que ele merecia.

Entre o habituar-me ainda a três crianças e  à circunstancia de ficar sozinha com elas, acho que o j., por ser o mais pequenino, pode ter perdido um bocadinho de mim.

Mas entretanto, ele cresceu. E foi, sempre, e é, sempre, o meu bebé.

Continua a ter de encontrar jeito de se impor junto dos manos. Mas o lugar dele está bem demarcado na nossa família numerosa.

No meu coração, não tem lugar marcado. Ocupa-o todo, como água que invade e se espalha por todo o corpo.

 - vais continuar a ser o meu bebé, sim?

 - não, mamã. Agora que fiz seis anos, vou ser só o teu filhinho!

E está tudo bem. Consigo viver bem com issoJ

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

e o blá, blá blá do dia de hoje

Ah, pois, hoje é o dia dos filhos serem o melhor o mundo e blá, blá, blá, e são os mais lindos, os mais perfeitos e os mais espetaculares deste mundo e arredores.
Porque hoje o p. e o m. fazem anos e é dia de abençoar a minha vida e a minha sorte por tê-los como meus filhos.
É dia de estar feliz e de nada poder estragar a magia que é ser mae deles. Destes meus filhos tão perfeitos que são o melhor do meu mundo.
e é claro que ontem continuamos com o big ben e ainda tivemos de fazer trabalhos de casa, preparar os bolos para levarem para a escola e dar banhos, preparar mochilas e contar historias. e é claro que estamos cansados e a precisar de dormir:) mas, hoje, é dia de imensa felicidade e não há cansaço que a belisque.
Estes meus filhos são os mais preciosos em todo o mundo, que têm crescido em sabedoria e generosidade.
São o meu sorriso, enchem-me a alma e não há nada que me pudesse fazer mais feliz do que ser a mae deles.
Parabéns bebés!

nós e o big ben (post atrasado de segunda-feira)


Esta semana temos um projecto escolar para a semana Inglesa: Construir um big ben em 3D

Ora, isto até seria um projecto engraçado se eles, os três, não trouxessem, para além desse projecto, trabalhos de casa. E se, à segunda feira não tivessem volei, á quarta não tivessem catequese e o p. e m. não fizessem anos, se quinta não fosse o j. a fazer anos, e sexta já não ser dia útil!

E até não seria tão complicado se o p. e o m. não andassem na mesma turma e na mesma escola e não tivessem, por isso, de fazer dois big ben!

Portanto, e a final, deitamo-nos à meia noite, completamente estoirados, e iremos hoje pelo mesmíssimo caminho!

Ah, ter filhos é a melhor coisa do mundo e são a nossa alegria, e coisa e tal e blá, blá, blá… E são. Mas dá tanto trabalho!...

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014


Acordei com as maos deles em cima de mim. Com as pernas enroscadas nas minhas. Acordei com a sensação, milhentas vezes repetida, de bênção pela família que tenho, pela sorte que Deus colocou no meu caminho. Deram-um um beijinho e o j. pediu um abraço de famíliaJ

E depois, um não queria tomar o leite e outro não queria vestir-se. E um deu um encontrão no outro e o outro uma cotovelada. Um castigo, um berro, algumas lagrimas, desfez-se a magia.

O que podia ter sido o inicio de uma manhã perfeita foi apenas um bocadinho de inicio de manhã perfeita. O resto, foi imperfeição e eu, a final, triste e decepcionada por não ter sabido ser mais paciente. Por me ter deixado contagiar negativamente pelos pormenores normais de uma casa normal, de crianças normais, e ter falhado o essencial que é tê-los como filhos e acordar com eles, felizes, no nosso meio.

Todos os dias tento ser uma pessoa melhor.

Tenho de continuar a tentar…com mais força


No nosso primeiro dia 14 de Fevereiro juntos, ele deu-me a chave de sua casa. E um coração. Foi nesse dia que eu soube, em sentido inverso e paralelo, que eu estava no coração dele e ele na minha casa. Foi nesse dia que eu soube, que a minha casa era ele e que o meu coração estava fora do meu peito, dentro dele.

Foi nesse dia que eu soube que o amaria para sempre.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

A ser condescendente comigo propria


Cheguei á escola e perguntei quando eram as matriculas. Responderam-me que era o ultimo dia. Que tinha de os inscrever até ás 18h.  Tenho tempo, pensei, venho cá ao final da tarde.

Liguei ao P., para me trazer de casa as fotos e os boletins de vacinas e meti os formulários na carteira para os preencher no escritório.

05pm. Formulários já preenchidos em cima da secretária, tempo controlado, tenho tempo. 05.35pm. aparece um telefonema urgente que não posso deixar de atender, mas tenho tempo. 05.40, saio do escritório, chego ao carro, não tenho os formulários. Volto a subir ao 3º andar, pego nos formulários, entro no carro, 05.50… é impossível chegar a tempo.

Peguei no telefone e, com a voz mais lamurienta do mundo, lá me justifiquei com o trabalho e reuniões e blá, blá blá e: posso por favor matriculá-los na 2ª feira?

Sim, pude. Mas fui seguramente a única mae a esquecer-se de matricular os seus filhos!

Fiquei triste, ciente de que inverti as minhas prioridades e de que a minha cabeça não anda assim lá muito fresca…

Mas fui branda comigo, ainda assim

Com o tempo, aprendi a desculpar-me. A perceber que as minhas limitações não fazem de mim má pessoa. A não querer ser perfeita a todo o custo.

Claro que gostava de ser, mas não sou. E por muito que me esforce, nunca vou ser. Sou mae de três crianças, trabalho fora, faço horas extras, sou dona de casa, faço bolos e biscoitos e esqueço-me de coisas. Esqueço-me de coisas e não consigo fazer tudo o que precisava no tempo que tenho disponível.

É certo que me podia levantar ás 06 da manhã e não almoçar e não lanchar e não falar durante as horas de trabalho sei lá, ser mais eficiente em geral! Mas não sou…E aprendi a viver com isso. A não ser demasiado dura comigo mesma.

Faço o que posso. E o que posso tem de ser suficiente!

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

o p. para o m, a meio de uma zanga qualquer:
 - mas tu és burro?????
eu e o P., de imediato e em simultâneo: - p.!!!!!!
ele: - Que foi? Só perguntei!!!!!

ah, pois, há muito amor por aqui:)

eu a explicar a diferença entre o há e o à:
exemplo com à: A maria vai á escola
exemplo com há: nesta casa há muito amor

comentário do p: por acaso nesta casa há mesmo muito amor, mamã. escolheste bem a frase!:)