Nunca é fácil sairmos de casa a horas com 3 crianças. Vamos
inventando regras, descobrindo pistas, experimentando receitas, muitas
tentativa e erros para melhorarmos o nosso acordar.
A ida para a escola é particularmente sensível, com 5
pessoas a terem de cumprir horários…
Hoje foi o P. a levá-los à escola. Já estavam cá em baixo, os
4, e eu a ouvi-lo dizer-lhes que tinham de se despachar, em particular o p.,
que acha sempre que tem tempo para tudo, menos para sair para a rua… Percebi
que saiu de casa amuado, para o carro, com o ralhete e com alguma coisa que não tinha
conseguido levar para a escola.
Nem cinco minutos depois, desci, e estavam os dois nas
escadas, á procura, em conjunto, dos tais brinquedos que o p. queria levar e da
mochila onde os mesmos podiam caber.
Despachei-os, que já eram mais que horas, com o coração
cheio de ternura. Por ambos. E orgulho nele, o meu amor, que nenhum tempo teve
para aprender a ser pai e que se esforça todos os dias por ser o pai que eles,
os nossos filhos, merecem.
Deve ser por isso que, a caminho da festa da escola no
sábado, me dizia o p:
Eu tenho três pais: O pai do céu, o pai e o P.
Porque o amor se retribui com amor.
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