quinta-feira, 6 de março de 2014


Estou a dias de fazer 40 anos. E esta data serve, sobretudo, para me recordar o quão abençoada sou.

Não tenho grandes planos para os próximos quarenta.

Não há assim nada que eu queira muito fazer ou ter. Fui sempre equilibrando o meu querer e o meu ter, pelo que não há assim nada que me falte.

Claro que ainda quero muito viajar, mas isso sempre quis e hei-de querer sempre, não há-de ser por ter 40 anos.

Queria voltar a andar de bicicleta,  mas já comecei ano passado e este é só para insistirJ queria fazer algum exercício físico, mas também já comecei há dois anos com hidroginástica e este ano com pilates, portanto, também não é novidade.

Quero ler mais. Mas isso não conta, porque quero sempre ler mais…

Pintar. Isso sim, é uma ambição, a de voltar a pintar com algum método. Mas isso também depende apenas de mim e de me convencer a encontrar o tempo certo para isso.

Portanto, nada de novo por estes lados. Nenhum projecto grandioso. Nada que sempre quis fazer e vai ser agora. Até já plantei uma arvore (bem mais que uma), escrevi um livro e tive um filho (ou trêsJ)

O que eu quero mesmo, é continuar a sentir esta serenidade. É continuar a emocionar-me com filmes e canções. É continuar a rir-me com vontade, continuar a acordar com espirito de agradecimento, continuar a sentir-me bem física e mentalmente, continuar a acreditar na bondade.

Continuar a sentir o meu peito fora de mim, nos meus filhos. A sentir a sorte que é tê-los no mundo e em mim. Continuar a sentir-me amada e a amar o companheiro que a vida me destinou e que teve a generosidade de colocar no meu caminho. Continuar a ter amigos e a partilhar com eles, e com a minha família, os meus dias.

Não tenho, portanto, grandes ambições. Ou então sim, que estas são, de facto, as minhas grandes  - e únicas - conquistas. Hoje, e nos próximos quarenta anos, hão-de ser sempre estas as minhas “great expectations”

 

Sem comentários:

Enviar um comentário