Aos quase 40 anos, tenho poucas certezas. E, na verdade, cada vez me preocupo menos com isso. Aceito as verdades de hoje como possiveis inverdades amanhã e vice-versa. Acho que sou, apesar de tudo, muito mais flexivel - em relação a verdades e a certezas - do que era antes.
Mas há uma certeza que eu tenho. daquelas certezas que nunca, nunca, NUNCA, o vao deixar de ser: Os meus filhos são meus. E são meus nao porque nasceram da minha barriga (num dos casos, até nem vi:)) mas porque os amo como meus filhos.
Podiam ter nascido doutra barriga, podiam ter outra mae biológica, podiam ser adoptados, que seriam sempre MEUS filhos. Porque o amor está no coração e nao na barriga. E está na pele. Digo sempre isto, desde que os conheci: que nao gostei imediatamente deles... Quer dizer, também nao os desgostei, naturalmente, mas quando nasceram, eram apenas crianças, iguais a tantas outras que, por acaso, me vieram parar aos braços e que, também por acaso, passaram a ser a minha missão na vida. Nunca fui apaixonada pela minha barriga...
Só com o tempo, os gostei. Só com o tempo os senti meus e passaram a ser, de crianças iguais a tantas outras, as MINHAS crianças. E nao tenho qualquer duvida de que os amo mais a cada dia que passa. Amo-os mais hoje do que ontem. Amá-los-ei mais amanhã do que hoje. Porque são, todos os dias, a minha pele, o meu cheiro, o meu beijo, a meu abraço. Acordo todos os dias com a certeza que vale a pena, porque eles estão no meu mundo.
E sei que este amor nao se mede pelo tamanho das células que temos em conjunto, mas apenas pelo tamanho das particulas de que o nosso coração é feito.
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