Sobrevivemos, não sei bem como, à festa de aniversário dos
3.
Cinema com amigos dos mais velhos no sábado de manhã, festa
com amigos da escola do mais novo em casa, a partir das 14.30 e festa com
família e amigos, lá em casa, a partir das 17horas.
Passei horas a cozinhar, horas a lavar louça e limpar chão,
horas a vigiar dezenas de meninos, horas a deitar fora papeis e a organizar
presentes.
Num só dia entraram lá em casa, entre amigos dum, amigos
doutros, amigos comuns e família, seguramente mais de 100 presentes.
E o próximo fim de semana será para organizar os brinquedos
que, sendo excedentes, vão ocupar outras casas, fazer felizes outros meninos.
Correu bem, a final.
Nenhum menino se magoou (com excepção de um dos nossos, mas
sem gravidade), e os nossos pequeninos estavam verdadeiramente felizes.
O mais novo, absolutamente extasiado com a ideia de ter uma
festa só para ele, o centro das atenções.
Domingo, depois das arrumações, voltamos à rotina, com mais
um trabalho de um palhaço em 3D para o j., levar para a escola.
Ontem, depois de lhes dar de jantar, banho e ler historias,
adormeci, de cansaço, às 10 da noite.
É assustador o ritmo a que correm os
nossos dias, todos os dias. A nossa falta de tempo para abrandar.
A impossibilidade de abrandarmos.
Lembro-me muitas vezes, do livro que li, sobre a mulher que
um dia acordou, no dia a seguir aos filhos gémeos saírem de casa para a
faculdade no exterior, e se sentiu incapaz de sair da cama. Não é que não
quisesse, simplesmente não conseguia. Será que algum dia isso me vai acontecer?
Haverá um dia em que acordarei sem vontade de me mexer?
Se tudo correr conforme os meus planos, não:)