Conversa de almofada, neste antes de adormecer, com o j:
- mamã, tu vais viver mais de 10.000 anos?
- sim, filho, muito mais que 10.000 anos!
- mas a vóvó naná é mais velhinha que tu... quando ela morrer eu vou ficar tão triste...
- não te preocupes! A vovó também ainda vai viver mais de 10.000 anos!
- a sério? ufa! que bom!
:)
quarta-feira, 19 de novembro de 2014
quarta-feira, 12 de novembro de 2014
Ontem, ao jantar:
m: mamã, podes por favor descascar-me uma tangerina?
eu - sim, claro
m., depois de comer a primeira: Podes descascar-me outra, mamã?
eu- Sim, filho.
m.: és mesmo a melhor mae do mundo!
(as expectativas deles são tão fáceis de superar... ás vezes, acho que ser mãe é o trabalho com melhor avaliação de desempenho que conheço:))
m: mamã, podes por favor descascar-me uma tangerina?
eu - sim, claro
m., depois de comer a primeira: Podes descascar-me outra, mamã?
eu- Sim, filho.
m.: és mesmo a melhor mae do mundo!
(as expectativas deles são tão fáceis de superar... ás vezes, acho que ser mãe é o trabalho com melhor avaliação de desempenho que conheço:))
quarta-feira, 29 de outubro de 2014
Afinal as prioridades nao mudam á medida que o dinheiro cresce...
Outro dia, contou-me um colega que foi feito um estudo sobre
o que as pessoas fariam se ganhassem um milhão de euros. A resposta foi:
1.
Comprar uma casa
2.
Uma viagem de sonho
3.
Ajudar a família.
Em seguida, perguntaram às mesmas pessoas o que fariam se
ganhassem cem milhões de euros. A resposta foi:
1.
Comprar uma casa
2.
Uma viagem de sonho
3.
Ajudar a família
Curioso não é?
quinta-feira, 16 de outubro de 2014
amor sem limites
O que é que nos faz dar tudo de nós aos nossos filhos sem
pedir nada em troca? O que nos faz amá-los sem condições ou limitações?
Não sei. Não sei porque é que amo os meus filhos assim. Sei
que os amo e pronto.
Sei que aceito as suas imperfeições, as suas incongruências,
as suas birras e mau feitio matutino, as suas infantilidades, sem nunca, nunca,
os amar menos. Sei que resmungo e que perco a paciência mas em momento algum
deixo de ter o mesmo amor, a mesma atitude, a mesma entrega.
Lembro-me de ter sido criança. Lembro-me tão bem de ter sido
criança…
De ter manhãs na cama a brincar com o meu pai, de ter a
minha mãe a contar-me historias por ela inventadas horas a fio até adormecer.
Lembro-me de, já bem grandinha (muito grandinha até), a minha mãe continuar a
levar-me (a mim e á minha irmã), o pequeno almoço à cama. Lembro-me do meu pai
andar, muito, muito doente, a calcorrear as ruas de santa catarina á procura,
comigo, de umas calças de ganga que ele, quase a morrer e a receber subsidio de
desemprego, pudesse pagar, sem se preocupar com a minha estupida vaidade e egoísmo.
Lembro-me de nunca ter feito a minha cama. Lembro-me de inventar que tinha
muito de estudar para não limpar o pó ou outra coisa qualquer. Lembro-me dos
olhos imensamente orgulhosos e doces do meu pai a ver-me na serenata com um
traje que ele não comprou, porque me foi oferecido, mas que compraria nem que
para isso tivesse de deixar de tomar medicamentos. Lembro-me dos vestidos que a
minha mãe me fazia e dos sapatos que me comprava, mesmo que a roupa e sapatos
delas estivessem quase rotos.
Lembro-me que, da nossa comida, a melhor era sempre para
mim. Lembro-me de o meu pai me levar, sempre a pé, aos ensaios do grupo coral,
todas as quartas feiras á noite, mesmo em noites de muita chuva e vento, e de
ficar sentado, á minha espera, até que acabasse.
Lembro-me que, fizesse eu o que fizesse, fosse eu quem
fosse, nunca deixaram, nem deixariam de me amar. Nunca os meus pais me exigiram
nada, nunca me pediram nada.
Este é o exemplo que eu tenho. É este o único exemplo que
posso e quero seguir.
Não quer isto dizer que haja falta de regras lá em casa. Com
6 e 8 anos já poem a mesa, levam o lixo
á rua, levantam a mesa, tomam banho sozinhos, arrumam a sala quando a
desarrumam, vestem-se sozinhos de manhã. Há regras, sim. Colaboração essencial à
coexistência de uma família com três crianças. Temos, todos, o nosso papel. O deles,
apenas de filhos. Que merecem nada menos do que eu tive. Também não precisam de
mais. Basta o que eu tive, que fui uma criança imensamente amada e feliz. Sei
que foi essa infância feliz e equilibrada que me permitem ser hoje uma adulta feliz
e equilibrada. Sem neuras, sem dramas. Com serenidade suficiente para encarar
sempre o presente e o futuro com esperança, com alegria. E com memória do que
fez crescer assim.
terça-feira, 7 de outubro de 2014
quinta-feira, 2 de outubro de 2014
gosto
de acordar e sentir os olhos deles pousados nos meus, depois de sorrateiramente se terem enfiado na minha cama...
Sou tão, mas tão abençoada por ter estes três filhos! Tão mas tão abençoada por eles serem tao bons, tão generosos, tao crescidos, tão melhores do que alguma vez eu fui...
São perfeitos, pois então. Não os mais bonitos ou mais inteligentes ou mais arrumados ou mais rápidos ou mais obedientes. São perfeitos porque sim. Porque os aceito como são. E porque me aceitam, a mim, tão pouco perfeita que até dói, com um amor inesgotável. Com um amor renovado todos os dias. Com o amor de quem me recebe, quando chego a casa, com a felicidade genuina de uma primeira vez. De quem confia, de quem acredita, de quem percebe que estes laços de nós são inquebráveis e não há nem haverá nada, nunca, que nos afaste. Seremos sempre uns dos outros e eles serão sempre os meus filhos mais que perfeitos, mais que amados, mais que meus.
Sou tão, mas tão abençoada por ter estes três filhos! Tão mas tão abençoada por eles serem tao bons, tão generosos, tao crescidos, tão melhores do que alguma vez eu fui...
São perfeitos, pois então. Não os mais bonitos ou mais inteligentes ou mais arrumados ou mais rápidos ou mais obedientes. São perfeitos porque sim. Porque os aceito como são. E porque me aceitam, a mim, tão pouco perfeita que até dói, com um amor inesgotável. Com um amor renovado todos os dias. Com o amor de quem me recebe, quando chego a casa, com a felicidade genuina de uma primeira vez. De quem confia, de quem acredita, de quem percebe que estes laços de nós são inquebráveis e não há nem haverá nada, nunca, que nos afaste. Seremos sempre uns dos outros e eles serão sempre os meus filhos mais que perfeitos, mais que amados, mais que meus.
Já tenho nome de Password!
outro dia, a entrarmos num jogo:
Eu: p, qual a password que queres usar?
p: mamã S.!
E é o suficiente para encher o meu dia:)
O meu sonho de menina (um entre vários outros, na verdade)
era aprender musica. Piano. Até muito tarde, vinte e muitos anos, sonhava ter
um piano na sala, num lugar de destaque, onde me pudesse sentar e tocar, quando
me apetecesse.
Sempre tive uma visão tão romântica de tudo… céus! Claro que
os meus pais nunca tiveram dinheiro para eu andar a estudar musica e eu nunca
tive um piano na sala. Podia ter aprendido mais tarde, é certo, mas com tanto para
fazer, musica deixou de ser uma prioridade e ficou arrumada no cantinho das
coisas do “contento-me com o que pode ser”. Canto muito, danço. Continuo a
cantar com os miúdos e a dançar com eles. Às vezes quando acordamos, outras
vezes na cozinha, outras vezes no jardim. Têm, os meus filhos, muito de musica
em si. Alguma coisa será de tantas canções de embalar que lhes cantei, outro
tanto será gosto que o P. lhe incute agora, um outro tipo de sons que também
começam a saber apreciar. Mas têm musica em si e eu gostava que não perdessem
isso. Gostava que o sonho deles não fosse aprender musica. Que esse, o meu
sonho, fosse um mero facto nas suas vidas. Que o seu sonho não fosse ter um
piano num cantinho da sala e que o piano (ou a guitarra, a bateria, o
violoncelo ou outro qualquer) fosse apenas um acessório que transportarão
consigo como mais um livro ou mais uma mochila.
Gostava que o sonho deles fosse maior (ou pelo menos
diferente) deste. Nao porque este tenha sido um sonho menor, mas porque há
tantas coisas mais com que sonhar! Este, que foi o meu sonho, gostava que
fosse, na vida deles, um som.
quinta-feira, 25 de setembro de 2014
Saudades
da minha prima A. Muitas saudades! muita pena que cá não esteja...
O quão orgulhosa ela ia estar por a filha ter entrado na faculdade..
Parabéns C.! seguramente que o céu se abriu para lhe mostrar, cá na terra, a mulher bonita em que te tornaste!
(no central park, os meus momentos na estatua da alice no pais das maravilhas foram sempre a pensar em ti! lembro-me muitas vezes desse momento, de mim sentada no regaço dessa alice, enquanto esperava pela foto do P., a pensar no teu regaço. nos momentos em que cuidaste de mim...)
O quão orgulhosa ela ia estar por a filha ter entrado na faculdade..
Parabéns C.! seguramente que o céu se abriu para lhe mostrar, cá na terra, a mulher bonita em que te tornaste!
(no central park, os meus momentos na estatua da alice no pais das maravilhas foram sempre a pensar em ti! lembro-me muitas vezes desse momento, de mim sentada no regaço dessa alice, enquanto esperava pela foto do P., a pensar no teu regaço. nos momentos em que cuidaste de mim...)
Outro dia, disse-me a mae de uma amiguinha do dos miúdos na escola:
- sabe, a minha filha é tão apaixonada pelo seu filho p!
- a sério? e como sabe?
- ela disse-me que ama o p. de amor! e quando lhe perguntei porquê ela respondeu que era porque ele é diferente dos outros meninos, não transpira e não cheira mal!
:)
E mais uma vez se comprova que há razões para o amor, que a própria razão desconhece. Ou então, que para além de cego, o amor não tem cheiro!
(é lindo o meu filho p., mas não cheirar mal é coisa que não lhe assiste!)
- sabe, a minha filha é tão apaixonada pelo seu filho p!
- a sério? e como sabe?
- ela disse-me que ama o p. de amor! e quando lhe perguntei porquê ela respondeu que era porque ele é diferente dos outros meninos, não transpira e não cheira mal!
:)
E mais uma vez se comprova que há razões para o amor, que a própria razão desconhece. Ou então, que para além de cego, o amor não tem cheiro!
(é lindo o meu filho p., mas não cheirar mal é coisa que não lhe assiste!)
despojos do dia
passamos o fim de semana passado em "eventos", infantis, pois claro. festas de aniversário, natação, atelier de construção de fantoches em esponja, mais festas de aniversário. Como se não bastasse, domingo de tarde fomos ver uma igreja perto de cada da minha mae e P. foi de imediato convidado para levar um andor da procissão:)
Convite é uma forma de dizer porque é evidente que era impossível dizer que não... ainda tentei argumentar que tínhamos de ir para casa fazer trabalhos de casa (o que era verdade) mas já devia saber que não se argumenta com homens de deus. "Ah, os trabalhos de casa, sim, são importantes, mas um sacrifício tao pequenino em nome de deus... olhe que depois os trabalhos de casa vao ser muito mais facilitados..."
pois! podíamos lá ficar com o peso na consciência... assim como assim, ficamos sem peso na consciência, mas o P. ficou com um peso considerável aos ombros! Eu, só da alça da máquina, que usei para ininterruptamente captar os melhores momentos deste acto de boa vontade. Vá-se lá dar o caso de ter de lembrar os ceus desta nossa participação e ter de o comprovar fotograficamente...
certo é que, coincidência ou não, a procissão terminou e quase imediatamente a seguir caiu uma chuvada como há muito não se via, carregada de trovões e luzes ameaçadoras...
Nós já tínhamos feito a nossa parte... mas que las hay, las hay!
Convite é uma forma de dizer porque é evidente que era impossível dizer que não... ainda tentei argumentar que tínhamos de ir para casa fazer trabalhos de casa (o que era verdade) mas já devia saber que não se argumenta com homens de deus. "Ah, os trabalhos de casa, sim, são importantes, mas um sacrifício tao pequenino em nome de deus... olhe que depois os trabalhos de casa vao ser muito mais facilitados..."
pois! podíamos lá ficar com o peso na consciência... assim como assim, ficamos sem peso na consciência, mas o P. ficou com um peso considerável aos ombros! Eu, só da alça da máquina, que usei para ininterruptamente captar os melhores momentos deste acto de boa vontade. Vá-se lá dar o caso de ter de lembrar os ceus desta nossa participação e ter de o comprovar fotograficamente...
certo é que, coincidência ou não, a procissão terminou e quase imediatamente a seguir caiu uma chuvada como há muito não se via, carregada de trovões e luzes ameaçadoras...
Nós já tínhamos feito a nossa parte... mas que las hay, las hay!
terça-feira, 16 de setembro de 2014
gosto
do momento em que, meio a dormir, abro os olhos, e ele me tira o livro das mãos (que lá ficou, também adormecido) e me aconchega os cobertores.
segunda-feira, 8 de setembro de 2014
A diferença tem sido tao gradual e tão impercetível, que eu
acho que ele ainda não percebeu.
Mas tenho-a eu percebido desde há uns meses para cá.
Não é no comportamento ou no sentimento, é apenas no dizer e
assumir esse sentimento.
Sei que gosta deles como seus filhos (que são) desde quase
sempre, mas nos últimos meses, tem vindo
sempre a chamá-los de filhos. Sempre que um se dirige a ele, ele responde,
tão naturalmente como eu: sim, filho.
Não é grande a diferença, eu sei. Porque as palavras são o
menos. Mas é um dizer, de forma absolutamente consciente e inconsciente que são
(os meus), os filhos dele (os nossos).
Antes, chamava-os pelo nome, numa espécie de paternidade mais
tímida. Agora, chama-os pelo que lhe são. Filhos, filhotes, filhos. Em palavras
que ecoam em nós com a naturalidade de que sempre assim foi.
Tao simples, afinal, os laços!
sexta-feira, 8 de agosto de 2014
Quando é que as pessoas se conhecem? Porque é que se
conhecem?
Ás vezes, olho para ele e pergunto-me porque é que o
conheci. Claro que sei que é porque seria o meu amor, mas a pergunta é: Porque
é que tive a sorte de, tal como canta musica, os astros se conjugarem?
Não o teria conhecido se não quisesse experimentar a
lomografia? Se ele também não quisesse o mesmo? Se não tivesse duas amigas que
alinharam nisso comigo? Se não tivesse decidido faltar ás aulas da
pós-graduação? Ou os astros teriam encontrado um outro dia, outra maneira de lá
chegar?
Se eu não tivesse começado o dia a reclamar com a máquina,
teria ele reparado em mim? Se eu não me tivesse perdido pelas ruas do Porto
(como se isso fosse possível…), teria ele percebido a minha ausência? Se ele
não fosse tão tímido e caladinho, ter-me-ia eu sentado na mesa dele e falado
como se não houvesse amanhã?
E porque me pediu ele o meu endereço de mail/facebook? Se
não o tivesse feito, teríamos perdido o contacto e nunca mais nos veríamos?
Gosto de acreditar que não.
Gosto de acreditar que os astros se conjugaram e que sim.
sempre teriam encontrado uma maneira.
Se assim não fosse, eu não encontraria o meu amor. Os meus
filhos não encontrariam este Pai. Esta família não teria este lar e este meu
coração não teria este abrigo que tem hoje e que o faz sentir-se em casa (a
sua, não minha. Talvez a nossa, vá)
Olho para ele e noto-o cada vez mais nosso, cada vez mais em
nós. No inicio eramos nós (eu e os pimpolhos) e ele. Agora, somos muitas vezes
eu e eles (os quatro) e, a maioria das vezes, nós, os cinco.
Vao para o campismo, os quatro. Sem mim, que fico a
trabalhar. Coisa de homens, dizem. E desde manhã que estão á espera, os mais
pequenos, de ir. Como ano passado, como há dois anos atrás.
E de repente passaram 4 anos e quase não há memoria deles, os
três, sem nós os cinco. E é como se sempre tivéssemos sido os cinco gomos desta
laranja docinha (ás vezes amarga, mas poucoJ)
que, por um momento, se desencontrou. E se, se tendo encontrado, faz parte duma
arvore com ramos e raízes profundas, que não podem ser separados.
A extravasar de amor de nós!
quinta-feira, 17 de julho de 2014
Hoje o meu amor faz anos.
E podia dizer, dele, tanta coisa! podia falar dos olhos tímidos e gentis, das mãos suaves, do riso aberto, da sua sensibilidade artística, do seu talento, sei lá!
Mas hoje, que ele faz anos, quero apenas dizer-lhe amor. Que o único presente de valor que lhe poderia dar, já dei. o meu amor e dos nossos três pimpolhos. esta família que construímos, juntos, todos os dias.
Amo-o no coração. e no corpo. e na Alma.
Parabéns!
E podia dizer, dele, tanta coisa! podia falar dos olhos tímidos e gentis, das mãos suaves, do riso aberto, da sua sensibilidade artística, do seu talento, sei lá!
Mas hoje, que ele faz anos, quero apenas dizer-lhe amor. Que o único presente de valor que lhe poderia dar, já dei. o meu amor e dos nossos três pimpolhos. esta família que construímos, juntos, todos os dias.
Amo-o no coração. e no corpo. e na Alma.
Parabéns!
quarta-feira, 16 de julho de 2014
terça-feira, 15 de julho de 2014
Não sou uma mae fundamentalista que não se consiga separar dos filhos. de todo! Até acho, ao contrário, que uma semana sem filhos, passados em casal, só pode fazer (e faz) bem!
Mas 15 dias... 15 dias é muito, muito tempo!
Claro que encontramos sempre coisas para fazer e sítios onde ir ou, no limite, descansamos sem responsabilidades de fazer jantar, dar banhos, cortar unhas, por cremes, ler historias, mas 15 dias... são muitos dias sem historias para ler á noite!
Chegaram ontem, numa felicidade infinita. Abraçaram-me no meio de gritos e beijinhos, irromperam pela casa dentro a chamar pelo P., (que ainda não tinha chegado do trabalho) e lançaram-me na piscina que tínhamos propositadamente enchido para eles (e que já furou e foi para o lixo). Preparei-lhes um pic-nic no jardim, com sumo, bolachas, batatas fritas e framboesas, com direito a manta e guarda sol como tanto gostam.
E tinha tantas, mas tantas saudades!
Vieram mais crescidos (ou então é só da falta que me fizeram), mas continuam os meus pintainhos. Os mesmos de sempre. depois do jantar, futebol com o P., banhinhos, conversas, historias.
Voltaram e é aqui, no nosso abraço que eles estão bem. é aqui que os sinto, que eu cheiro, que os gosto. São meus e gosto de tê-los encostados ao meu peito.
Que bom que chegaram!
Mas 15 dias... 15 dias é muito, muito tempo!
Claro que encontramos sempre coisas para fazer e sítios onde ir ou, no limite, descansamos sem responsabilidades de fazer jantar, dar banhos, cortar unhas, por cremes, ler historias, mas 15 dias... são muitos dias sem historias para ler á noite!
Chegaram ontem, numa felicidade infinita. Abraçaram-me no meio de gritos e beijinhos, irromperam pela casa dentro a chamar pelo P., (que ainda não tinha chegado do trabalho) e lançaram-me na piscina que tínhamos propositadamente enchido para eles (e que já furou e foi para o lixo). Preparei-lhes um pic-nic no jardim, com sumo, bolachas, batatas fritas e framboesas, com direito a manta e guarda sol como tanto gostam.
E tinha tantas, mas tantas saudades!
Vieram mais crescidos (ou então é só da falta que me fizeram), mas continuam os meus pintainhos. Os mesmos de sempre. depois do jantar, futebol com o P., banhinhos, conversas, historias.
Voltaram e é aqui, no nosso abraço que eles estão bem. é aqui que os sinto, que eu cheiro, que os gosto. São meus e gosto de tê-los encostados ao meu peito.
Que bom que chegaram!
segunda-feira, 14 de julho de 2014
sexta-feira, 11 de julho de 2014
Tenho andado ausente…
Por bons motivos que as férias são mais que docesJ
Estivemos, em família, uma semana no algarve e agora, a
dois, uma semana em NY
A primeira vez para ambos, numa viagem única.
Não posso dizer que houve muitas novidades, porque a verdade
é que já vimos quase tudo (ou mais) nos filmes que nos entram pela porta todos
os dias.
Guardo, como novidade, a simpatia dos nova-iorquinos (nao
sei se lá nascidos ou não, mas lá residente pelo menos) e os parques. Ah, gente
que sabe aproveitar bem os espaços verdes que têm! Em qualquer lado um jardim
transformado em parque, sempre bem tratado e com actividades. Ginastica,
concertos, dança, carrosséis, pintura, encontramos de tudo. Todos os momentos,
pretextos para estender uma manta e ficar a apreciar. Saudades de dormitar ao
sol em Central park, de almoçar no Bryant park, namorar por baixo da Brooklyn
bridge!
Cansamos (muito) as pernas e sofremos um bocadinho com a
imensa humidade e as diferenças de horário. Vimos (tapado pelos arranha-ceus) o
fogo de artificio do dia da independência, atravessamos a Brooklyn bridge a pé
e á chuva (e num outro dia com imenso sol), saltei em cima do big piano do big foot,
jantamos em times square e namoramos muitoJ
E pronto, foi isto. E não é seguramente coincidência que NY
seja parecido com LY…
quinta-feira, 22 de maio de 2014
no bom e no mau sentido
Nós no carro, de manhã
m: és um tótó j.!
j. Sim, claro, estás muito certo. Sou até um idiota!
m. olha como tu sabes! Por acaso até és mesmo um idiota!
j. Pois sou! E não me importo! Sou um idiota porque tenho
muitas ideias!
p.: não tótó! Ele queria dizer idiota no mau sentido!...
A geografia da felicidade
Ando a ler o livro geografia da felicidade. Ando a ler desde
Março, o que já podia não ser bom prenuncio, porque dificilmente demoro mt
tempo a ler um livro, mas não é o caso. Demoro porque tenho tido realmente uma
vida muito atarefada e chego á cama tão cansada que só me apetece vegetar com
uma revista cor-de-rosa ou séries de televisão que me façam rir e não pensar
muito e porque o livro se pode ler aos bocadinhos. Não se perde a continuidade
narrativa e dá perfeitamente para ler em “pedaços”.
Ora, cheguei agora ao fim da visita do escritor ao Butão.
Onde não há semáforos ou não havia quando lá esteve) e a vida anda mais
devagar. Já passou pela Suica, demasiado organizada, e pela Holanda, demasiado
anárquica.
Tento retirar, de cada livro que leio, algum ensinamento,
alguma aprendizagem. Tento, também por isso, pensar em mim em cada um desses
espelhos geográficos. E não sou capaz de decidir. É fácil pensar-me num país
sem semáforos, com uma única estrada, com poucos carros, onde não há pressa
para ir para lado nenhum. Mas não me parece que fosse aguentar muito tempo o
demasiado tempo que teria para gastar sem fazer “nada”. É fácil imaginar-me na
Suiça, onde o meu pai chegou a viver por alguns meses – e adorou -, com tudo
limpo e organizado. Mas sei que não me ia habituar ao frio nem ás imensas
regras a que os suiços me parecem sujeitos. Sou demasiado distraída, demasiado
desorganizada, demasiado sem regras no dia dia…. Já a Holanda… fiquei (ficamos)
encantados com a Holanda, ou com o que conhecemos dela. Ficamos encantados com
os dias de sol que encontramos, com o comboio, com os passeios de bicicleta,
com as cidades que visitamos, com os moinhos, com os pic-nics nos parques, com
os concertos, com os refrescos de hortelã, com os bares, os rios, a água. Mas
foi tudo numa época muito especifica, com amigos muito específicos. Seria capaz
de viver lá? Não sei… E não sei o que é que faz uns povos serem mais felizes
que os outros.
A minha geografia da felicidade resume-se á minha casa (em
sentido alargado) e ás pessoas que nela habitam. Resume-se ao meu coração e ás
pessoas que nele moram. A minha geografia da felicidade não se mede em
rendimento, nem ordem nem desordem. Mede-se pelos risos deles pela manhã, pelos abracinhos que recebo á
noite, num xi-coração apertado, pelo chilrear dos pássaros num dia de primavera,
pelo aconchego dos pés gelados que se aquecem, pelas conversas animadas com
amigos, pelas emoções dum livro ou dum filme, pela sensação de plenitude de uma
cama partilhada a cinco.
A minha geografia da felicidade está em mim. E está neles.
Vivamos nós em que país vivermos, desde que estejamos juntos e estejamos bem.
quarta-feira, 21 de maio de 2014
inconfidência
ontem, disse-me o P.
- fiquei tão feliz quando fui buscar os miúdos ao treino!
- sim? então porquê?
- porque quando eu estava a chegar, o m. disse ao treinador: - está ali o meu pai!
(tu mereces!:)
- fiquei tão feliz quando fui buscar os miúdos ao treino!
- sim? então porquê?
- porque quando eu estava a chegar, o m. disse ao treinador: - está ali o meu pai!
(tu mereces!:)
terça-feira, 20 de maio de 2014
Conversas de amor aos 8 anos
p.: mamã, sabes como é que eu sei que a m. gosta de mim?
- não, filho, como sabes?
- porque quando estamos numa festa, tipo, numa festa de aniversário, eu estou num lado e ela está no outro e ela vem sempre para o meu lado. isto significa que gosta de mim, não achas?
- acho, claro. Acho que gosta mesmo muito! E tu, gostas dela?
- gosto.
- e então porquê?
- pela sua beleza.
- ai sim? E do que gostas na sua maneira de ser?
- como assim?
- no modo como ela é:
- é simpática? sim! é brincalhona? muito! tem sentido de humor? sim! é inteligente? é a menina mais inteligente da sala! é generosa? sim! estás a ver, mamã, é por isso tudo!
E é assim que aos 8 anos, ele já percebe o amor:)
(numa empatia mutua que, vá-se lá saber porquê, dura já desde os dois anos...)
- não, filho, como sabes?
- porque quando estamos numa festa, tipo, numa festa de aniversário, eu estou num lado e ela está no outro e ela vem sempre para o meu lado. isto significa que gosta de mim, não achas?
- acho, claro. Acho que gosta mesmo muito! E tu, gostas dela?
- gosto.
- e então porquê?
- pela sua beleza.
- ai sim? E do que gostas na sua maneira de ser?
- como assim?
- no modo como ela é:
- é simpática? sim! é brincalhona? muito! tem sentido de humor? sim! é inteligente? é a menina mais inteligente da sala! é generosa? sim! estás a ver, mamã, é por isso tudo!
E é assim que aos 8 anos, ele já percebe o amor:)
(numa empatia mutua que, vá-se lá saber porquê, dura já desde os dois anos...)
Gosto de...
Acordar a dançar. Ouvimos musica e dançamos. Primeiro os dois. Depois, os três, com o pequenino abraçado ás nossas pernas. Os outros, a rirem-se, por entre gestos e palavras de "ui! que horror! que nojo! parem de namorar!":) Gosto que nos sintam felizes. Que percebam o bom que é ter um companheiro e uma família que se ama. Gosto que vejam, em nós, um exemplo de amor a seguir.Gosto de nós!
Ando há dias para escrever sobre Madrid.
Mas têm sido dias cheios, a correr, com noites mal dormidas,
infecções e muito trabalho.
Fomos a Madrid.
Saimos daqui na quinta-feira, em direcção a Espanha, que
muito nos (a mim e ao meu amor) encanta.
O destino, parquer warner bros na sexta e sábado, para
grande divertimento dos miúdos. Fomos em família alargada, com mae e sogra, a
ajudarem na logística e no divertimento.
Adoraram o parque. O m. ficou doente logo no primeiro dia,
mas acho que já não se lembra e só guardou as memórias positivas.
Jantamos no centro de Madrid (calamares bons e estaladiços).
Passeamos no mercado S. Miguel (que cheiro a peixe estragado, mãe!), na plaza
mayor (podemos dar dinheiro àqueles senhores sem casa? – tantos, por ali…) e na
puerta del sol - a nossa, da nossa primeira viagem a dois, do beijo ao abrigo
do urso (porque é que o simbolo de Madrid é um urso?), e deles agora, com os meninos
dos patins que eles idolatraram.
Segundo dia, j., doente. Terceiro dia, dia de regresso, não
sem antes uma visita oficial ao estádio do real Madrid, eu doente. Viagem longa
e com muitas paragens, mas chegamos bem e em paz. Primeiro dia pós Madrid, P. doente.
Algum vírus nos apanhou e não quis largar-nos fora de
portas, mas mesmo assim, não houve vírus que nos impedisse de gozar, em
família, estes mini dias de ferias.
Cansativos mas com muitas imagens de amor gravadas na minha
memoria.
quinta-feira, 24 de abril de 2014
eu nao sele chines, eu sele japonês
O j. a repuxar os olhos.
Eu: que giro, filho, pareces um chines!
- Não, mamã! Sou um Japonês!
Ps: piada só percebida por quem tem á volta de 40 anos ou gosta de ver séries muiiiiiito antigas:)
terça-feira, 15 de abril de 2014
sexta-feira, 4 de abril de 2014
Passou quase um mês desde que eu fiz anos. Sem tempo para escrever sobre o dia de princesa que eu tive.
Desde que o conheço o meu dia de aniversário deixou de ser apenas um dia de aniversário. Agora é sempre, também, um dia de magia e de encantamento diversos.
Reune sempre os meus amigos e família mais querida. Prepara, ao pormenor, a festa, o almoço ou jantar, escolhe as musicas, as historias, as pessoas, as memorias.
Ano passado, saxofone (que eu adoro) e espetáculo de sevilhanas. Este ano, um palácio verdadeiro, para que eu fosse - mesmo - a princesa da festa.
Num sitio lindo, com uma vista deslumbrante, num lanche óptimo, tudo pensado ao pormenor. Com memorias de mim cantadas numa apresentação que me fez chorar.
E, de presente, a bicicleta mais linda do mundo, para que eu possa aprender e partilhar com ele e os nossos filhos, os passeios que daremos no Verão.
Não precisava de um dia tão perfeito, na verdade. Basta-me, sempre, a presença de quem gosto. Mas pensado por ele, não podia ser doutro modo. É atento e cuidadoso no planeamento, artístico e sensível nas escolhas, amoroso e amante nas consequências.
É, também por isso, que é o meu amor.
Desde que o conheço o meu dia de aniversário deixou de ser apenas um dia de aniversário. Agora é sempre, também, um dia de magia e de encantamento diversos.
Reune sempre os meus amigos e família mais querida. Prepara, ao pormenor, a festa, o almoço ou jantar, escolhe as musicas, as historias, as pessoas, as memorias.
Ano passado, saxofone (que eu adoro) e espetáculo de sevilhanas. Este ano, um palácio verdadeiro, para que eu fosse - mesmo - a princesa da festa.
Num sitio lindo, com uma vista deslumbrante, num lanche óptimo, tudo pensado ao pormenor. Com memorias de mim cantadas numa apresentação que me fez chorar.
E, de presente, a bicicleta mais linda do mundo, para que eu possa aprender e partilhar com ele e os nossos filhos, os passeios que daremos no Verão.
Não precisava de um dia tão perfeito, na verdade. Basta-me, sempre, a presença de quem gosto. Mas pensado por ele, não podia ser doutro modo. É atento e cuidadoso no planeamento, artístico e sensível nas escolhas, amoroso e amante nas consequências.
É, também por isso, que é o meu amor.
quarta-feira, 19 de março de 2014
Este nunca é um dia de sentimentos simples.
Não deixo nunca de sentir, apesar dos anos que se passaram desde então, muita pena por não ter o meu pai por aqui. Mas sinto também uma enorme gratidão por o ter tido, a ele, como meu pai e pelo tão grande amor que me deu enquanto lhe foi possível.
Grata, ainda, á vida, pela sorte que os meus filhos têm por serem incondicionalmente amados por dois pais.
Muito em particular, grata ao meu amor, que escolheu ser pai destes meus - agora nossos - filhos. Grata pelo cuidado, pelo carinho, pela educação, pelo envolvimento, mas sobretudo, pelo amor de cada gesto, de cada palavra, de cada olhar.
Não sei como seria ele pai de outras crianças, não sei se tem jeito ou especial apetência para crianças. Mas sei que foi feito para ser pai destas crianças e que não quereria outras. Nota-se neles, elos de amor muito para além dos de sangue que não são, de todo, os mais importantes.
Grata eu, por poder assistir a estes elos, por poder partilhar, com eles, a magia de ver crescer laços que provam que o amor é a razão de tudo.
Não deixo nunca de sentir, apesar dos anos que se passaram desde então, muita pena por não ter o meu pai por aqui. Mas sinto também uma enorme gratidão por o ter tido, a ele, como meu pai e pelo tão grande amor que me deu enquanto lhe foi possível.
Grata, ainda, á vida, pela sorte que os meus filhos têm por serem incondicionalmente amados por dois pais.
Muito em particular, grata ao meu amor, que escolheu ser pai destes meus - agora nossos - filhos. Grata pelo cuidado, pelo carinho, pela educação, pelo envolvimento, mas sobretudo, pelo amor de cada gesto, de cada palavra, de cada olhar.
Não sei como seria ele pai de outras crianças, não sei se tem jeito ou especial apetência para crianças. Mas sei que foi feito para ser pai destas crianças e que não quereria outras. Nota-se neles, elos de amor muito para além dos de sangue que não são, de todo, os mais importantes.
Grata eu, por poder assistir a estes elos, por poder partilhar, com eles, a magia de ver crescer laços que provam que o amor é a razão de tudo.
quinta-feira, 6 de março de 2014
Estou a dias de fazer 40 anos. E esta data serve, sobretudo,
para me recordar o quão abençoada sou.
Não tenho grandes planos para os próximos quarenta.
Não há assim nada que eu queira muito fazer ou ter. Fui
sempre equilibrando o meu querer e o meu ter, pelo que não há assim nada que me
falte.
Claro que ainda quero muito viajar, mas isso sempre quis e
hei-de querer sempre, não há-de ser por ter 40 anos.
Queria voltar a andar de bicicleta, mas já comecei ano passado e este é só para
insistirJ
queria fazer algum exercício físico, mas também já comecei há dois anos com
hidroginástica e este ano com pilates, portanto, também não é novidade.
Quero ler mais. Mas isso não conta, porque quero sempre ler
mais…
Pintar. Isso sim, é uma ambição, a de voltar a pintar com
algum método. Mas isso também depende apenas de mim e de me convencer a
encontrar o tempo certo para isso.
Portanto, nada de novo por estes lados. Nenhum projecto
grandioso. Nada que sempre quis fazer e vai ser agora. Até já plantei uma
arvore (bem mais que uma), escrevi um livro e tive um filho (ou trêsJ)
O que eu quero mesmo, é continuar a sentir esta serenidade.
É continuar a emocionar-me com filmes e canções. É continuar a rir-me com
vontade, continuar a acordar com espirito de agradecimento, continuar a
sentir-me bem física e mentalmente, continuar a acreditar na bondade.
Continuar a sentir o meu peito fora de mim, nos meus filhos.
A sentir a sorte que é tê-los no mundo e em mim. Continuar a sentir-me amada e
a amar o companheiro que a vida me destinou e que teve a generosidade de
colocar no meu caminho. Continuar a ter amigos e a partilhar com eles, e com a
minha família, os meus dias.
Não tenho, portanto, grandes ambições. Ou então sim, que
estas são, de facto, as minhas grandes -
e únicas - conquistas. Hoje, e nos próximos quarenta anos, hão-de ser sempre
estas as minhas “great expectations”
quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014
Sobrevivemos, não sei bem como, à festa de aniversário dos
3.
Cinema com amigos dos mais velhos no sábado de manhã, festa
com amigos da escola do mais novo em casa, a partir das 14.30 e festa com
família e amigos, lá em casa, a partir das 17horas.
Passei horas a cozinhar, horas a lavar louça e limpar chão,
horas a vigiar dezenas de meninos, horas a deitar fora papeis e a organizar
presentes.
Num só dia entraram lá em casa, entre amigos dum, amigos
doutros, amigos comuns e família, seguramente mais de 100 presentes.
E o próximo fim de semana será para organizar os brinquedos
que, sendo excedentes, vão ocupar outras casas, fazer felizes outros meninos.
Correu bem, a final.
Nenhum menino se magoou (com excepção de um dos nossos, mas
sem gravidade), e os nossos pequeninos estavam verdadeiramente felizes.
O mais novo, absolutamente extasiado com a ideia de ter uma
festa só para ele, o centro das atenções.
Domingo, depois das arrumações, voltamos à rotina, com mais
um trabalho de um palhaço em 3D para o j., levar para a escola.
Ontem, depois de lhes dar de jantar, banho e ler historias,
adormeci, de cansaço, às 10 da noite.
É assustador o ritmo a que correm os
nossos dias, todos os dias. A nossa falta de tempo para abrandar.
A impossibilidade de abrandarmos.
Lembro-me muitas vezes, do livro que li, sobre a mulher que
um dia acordou, no dia a seguir aos filhos gémeos saírem de casa para a
faculdade no exterior, e se sentiu incapaz de sair da cama. Não é que não
quisesse, simplesmente não conseguia. Será que algum dia isso me vai acontecer?
Haverá um dia em que acordarei sem vontade de me mexer?
Se tudo correr conforme os meus planos, não:)
quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014
E hoje o meu amor mais pequenino faz seis anos.
É impressionante como o meu amor por ele cresceu, até chegar
a esta enormidade que não me cabe no peito.
Quando nasceu, não foi de imediato que conseguiu ocupar o
seu lugar. Os irmãos ainda eram muito pequeno, acabados de fazer dois anos e
com muitas mais necessidades que um bebé que só precisa de ser alimentado e ter
a fralda limpa. Os mimos eram divididos pelos três, mas fiquei sempre com a
sensação de que não lhe dei tanta atenção quanta a que ele merecia.
Entre o habituar-me ainda a três crianças e à circunstancia de ficar sozinha com elas,
acho que o j., por ser o mais pequenino, pode ter perdido um bocadinho de mim.
Mas entretanto, ele cresceu. E foi, sempre, e é, sempre, o
meu bebé.
Continua a ter de encontrar jeito de se impor junto dos manos.
Mas o lugar dele está bem demarcado na nossa família numerosa.
No meu coração, não tem lugar marcado. Ocupa-o todo, como
água que invade e se espalha por todo o corpo.
- vais continuar a
ser o meu bebé, sim?
- não, mamã. Agora que
fiz seis anos, vou ser só o teu filhinho!
E está tudo bem. Consigo viver bem com issoJ
quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014
e o blá, blá blá do dia de hoje
Ah, pois, hoje é o dia dos filhos serem o melhor o mundo e blá, blá, blá, e são os mais lindos, os mais perfeitos e os mais espetaculares deste mundo e arredores.
Porque hoje o p. e o m. fazem anos e é dia de abençoar a minha vida e a minha sorte por tê-los como meus filhos.
É dia de estar feliz e de nada poder estragar a magia que é ser mae deles. Destes meus filhos tão perfeitos que são o melhor do meu mundo.
e é claro que ontem continuamos com o big ben e ainda tivemos de fazer trabalhos de casa, preparar os bolos para levarem para a escola e dar banhos, preparar mochilas e contar historias. e é claro que estamos cansados e a precisar de dormir:) mas, hoje, é dia de imensa felicidade e não há cansaço que a belisque.
Estes meus filhos são os mais preciosos em todo o mundo, que têm crescido em sabedoria e generosidade.
São o meu sorriso, enchem-me a alma e não há nada que me pudesse fazer mais feliz do que ser a mae deles.
Parabéns bebés!
Porque hoje o p. e o m. fazem anos e é dia de abençoar a minha vida e a minha sorte por tê-los como meus filhos.
É dia de estar feliz e de nada poder estragar a magia que é ser mae deles. Destes meus filhos tão perfeitos que são o melhor do meu mundo.
e é claro que ontem continuamos com o big ben e ainda tivemos de fazer trabalhos de casa, preparar os bolos para levarem para a escola e dar banhos, preparar mochilas e contar historias. e é claro que estamos cansados e a precisar de dormir:) mas, hoje, é dia de imensa felicidade e não há cansaço que a belisque.
Estes meus filhos são os mais preciosos em todo o mundo, que têm crescido em sabedoria e generosidade.
São o meu sorriso, enchem-me a alma e não há nada que me pudesse fazer mais feliz do que ser a mae deles.
Parabéns bebés!
nós e o big ben (post atrasado de segunda-feira)
Esta semana temos um projecto escolar para a semana Inglesa:
Construir um big ben em 3D
Ora, isto até seria um projecto engraçado se eles, os três,
não trouxessem, para além desse projecto, trabalhos de casa. E se, à segunda
feira não tivessem volei, á quarta não tivessem catequese e o p. e m. não
fizessem anos, se quinta não fosse o j. a fazer anos, e sexta já não ser dia
útil!
E até não seria tão complicado se o p. e o m. não andassem
na mesma turma e na mesma escola e não tivessem, por isso, de fazer dois big
ben!
Portanto, e a final, deitamo-nos à meia noite,
completamente estoirados, e iremos hoje pelo mesmíssimo caminho!
Ah, ter filhos é a melhor coisa do mundo e são a nossa
alegria, e coisa e tal e blá, blá, blá… E são. Mas dá tanto trabalho!...
quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014
Acordei com as maos deles em cima de mim. Com as pernas
enroscadas nas minhas. Acordei com a sensação, milhentas vezes repetida, de bênção
pela família que tenho, pela sorte que Deus colocou no meu caminho. Deram-um um
beijinho e o j. pediu um abraço de famíliaJ
E depois, um não queria tomar o leite e outro não queria
vestir-se. E um deu um encontrão no outro e o outro uma cotovelada. Um castigo,
um berro, algumas lagrimas, desfez-se a magia.
O que podia ter sido o inicio de uma manhã perfeita foi
apenas um bocadinho de inicio de manhã perfeita. O resto, foi imperfeição e eu,
a final, triste e decepcionada por não ter sabido ser mais paciente. Por me ter
deixado contagiar negativamente pelos pormenores normais de uma casa normal, de
crianças normais, e ter falhado o essencial que é tê-los como filhos e acordar
com eles, felizes, no nosso meio.
Todos os dias tento ser uma pessoa melhor.
Tenho de continuar a tentar…com mais força
No nosso primeiro dia 14 de Fevereiro juntos, ele deu-me a
chave de sua casa. E um coração. Foi nesse dia que eu soube, em sentido inverso
e paralelo, que eu estava no coração dele e ele na minha casa. Foi nesse dia
que eu soube, que a minha casa era ele e que o meu coração estava fora do meu
peito, dentro dele.
Foi nesse dia que eu soube que o amaria para sempre.
quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014
A ser condescendente comigo propria
Cheguei á escola e perguntei quando eram as matriculas. Responderam-me
que era o ultimo dia. Que tinha de os inscrever até ás 18h. Tenho tempo, pensei, venho cá ao final da
tarde.
Liguei ao P., para me trazer de casa as fotos e os boletins
de vacinas e meti os formulários na carteira para os preencher no escritório.
05pm. Formulários já preenchidos em cima da secretária,
tempo controlado, tenho tempo. 05.35pm. aparece um telefonema urgente que não posso
deixar de atender, mas tenho tempo. 05.40, saio do escritório, chego ao carro, não
tenho os formulários. Volto a subir ao 3º andar, pego nos formulários, entro no
carro, 05.50… é impossível chegar a tempo.
Peguei no telefone e, com a voz mais lamurienta do mundo, lá
me justifiquei com o trabalho e reuniões e blá, blá blá e: posso por favor
matriculá-los na 2ª feira?
Sim, pude. Mas fui seguramente a única mae a esquecer-se de
matricular os seus filhos!
Fiquei triste, ciente de que inverti as minhas prioridades e
de que a minha cabeça não anda assim lá muito fresca…
Mas fui branda comigo, ainda assim
Com o tempo, aprendi a desculpar-me. A perceber que as
minhas limitações não fazem de mim má pessoa. A não querer ser perfeita a todo
o custo.
Claro que gostava de ser, mas não sou. E por muito que me
esforce, nunca vou ser. Sou mae de três crianças, trabalho fora, faço horas
extras, sou dona de casa, faço bolos e biscoitos e esqueço-me de coisas.
Esqueço-me de coisas e não consigo fazer tudo o que precisava no tempo que tenho
disponível.
É certo que me podia levantar ás 06 da manhã e não almoçar e
não lanchar e não falar durante as horas de trabalho sei lá, ser mais eficiente
em geral! Mas não sou…E aprendi a viver com isso. A não ser demasiado dura
comigo mesma.
Faço o que posso. E o que posso tem de ser suficiente!
quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014
ah, pois, há muito amor por aqui:)
eu a explicar a diferença entre o há e o à:
exemplo com à: A maria vai á escola
exemplo com há: nesta casa há muito amor
comentário do p: por acaso nesta casa há mesmo muito amor, mamã. escolheste bem a frase!:)
exemplo com à: A maria vai á escola
exemplo com há: nesta casa há muito amor
comentário do p: por acaso nesta casa há mesmo muito amor, mamã. escolheste bem a frase!:)
quarta-feira, 22 de janeiro de 2014
como sobrevive um casal a tres filhos?
Como sobrevive um casal a tres filhos?
Ontem, demos por nós, a olhar para dentro de nós, e a verbalizar: que família
ruidosa somos!
Chegamos a casa e temos dois trabalhos de casa (ou três, que
o pequenino já traz “trabalhos de casa preparatórios para o primeiro ano que aí
está a chegar”) para acompanhar. Todos os dias, trabalhos de casa de matemática,
estudo do meio ou português, mais dois dias de ingles e mais um dia da semana
musica.
Não fazemos os trabalhos. Acompanhamos, corrigimos, mas isso
também demora tempo. E despende energia.
Jantar a seguir. Quem está na mesa, quem não está. Se já
lavaram as mãos, que não gostam de legumes, que aquela comida hoje até nem
apetecia muito, quem está na mesa, quem não está. Que não se podem ver desenhos
animados ás refeições, para podermos conversar. Então brinquedos. Não, não se
podem ter brinquedos em cima da mesa. Quem está na mesa, quem não está. Mais novo
a fazer caretas ao m. m. a não gostar. Empurrão ao irmão, que se ri e deita o
copo ao chão. Apanha o copo, talheres caem, afinal não querem água, vao fazer
sumo. Quem está na mesa, quem não está. Quem come, quem não come. Depois,
pratos no lava loiça e subirem, os três, as escadas, para o banho.
Hoje não quero ser o primeiro. Tenta trocar com irmãos, que não
cede, vai para a banheira o primeiro. Sai da banheira, entre o próximo, com o
primeiro a lavar os dentes. Sai o segundo, entra o terceiro, com o segundo a
levar os dentes, sai o terceiro, vai lavar os dentes, vestem os outros o
pijama.
Cama. Quem está na cama, quem não está. Falta um livro. Vao escolher
um livro. Trocam de livro, vao buscar outro, mais um urso de peluche, mais o
jogo para o dia seguinte, mais outro livro que um não chega. p. quer o livro do
j., que lhe foi oferecido a ele. J. quer o livro para ele, porque em casa tudo
se partilha e o que interessa é quem quer primeiro, não de quem é. Todos amuados,
na cama. Prepara roupa para o dia seguinte. Não esquecer do uniforme de uns,
roupa e bata de outro, mochila com lanche, mochila para a natação. j. não quer
a camisola cor-de-rosa que é de menina, m. não gosta do lanche, p. continua a
querer o livro do j.
Troca roupa, troca mochila, tentando não esquecer de nada e
já com paciencia nula.
Filhos na cama, hora do conto. Conto eu ou contas tu? Contamos
os dois, revezamo-nos, estourados, já só á espera de dormir. Três historias,
das grandes, para demorarem muito!
Só mais um abracinho e um beijinho e fica mais um bocadinho
aqui na minha cama.
E ficamos. Tentamos não adormecer, ir para a nossa casa, o
nosso cantinho, perceber que somos gente, que também existimos para além deles.
Estás aí? Vem para cá.
Como sobreviver a três filhos?
J
Pois! Com a certeza de que existimos, neles mas também para
além deles. Somos uma família, a cinco, e somos um casal, naquele bocadinho e noutros, em que nos
encontramos.
Às vezes olho para o P. e questiono-me se não pensará em que raio de filme se veio
meter. Solteiro e bom rapaz, mais novo, sem filhos, sem experiencia com
crianças, apanhou com três em cima, de uma só vez, sem tempo sequer para se
adaptar á ideia de ser pai.
Mas olho-o melhor e sei que ainda que pense nisso, está ali.
Não desiste. Cansado e com dores de costas, não deixa de contar uma história,
de acompanhar os trabalhos, de ver se os dentes estão bem lavados, de perguntar
se o dia correu bem. Ainda que pense que ás vezes é uma responsabilidade demasiado
grande, nunca é grande o suficiente para desistir deles, para desistir de nós.
E essa confiança que temos uns nos outros, faz da nossa família, muito mais que
ruidosa, uma família feliz.
quinta-feira, 16 de janeiro de 2014
A querida M., que lê este cantinho, diz-me, volta e
meia, que os meus textos a inspiram…
Isso é bondade dela, que eu sei. Os meus textos nada têm de
inspiradores…. Mas acredito que a minha estória seja, pelo menos, demonstrativa
da capacidade de acreditar. Em nós, na vida, em segundas, terceiras e tantas
oportunidades que nos vão aparecendo pela vida.
Fiquei sozinha com três bebés. Dois com 23 meses, um com 11.
Seria hipócrita dizer que foi fácil. Claro que não foi. A determinada altura o
trajecto que tinha delineado deixara de o ser e eu senti a minha própria identidade
fragilizada.
Quem seria eu fora daquela vida em que eu estava?
Não foi fácil, mas não foi impossível.
Eu e os meus três bebés eramos uma família. Eu, para além
deles, era uma pessoa cheia de vontade de estar e de ser.
Redescobri-me, então, em mim. Passei a ser, acho eu, uma
pessoa muito mais interessante. A minha irmã, pelo menos, diz que simJ Diz ela que gosta
muito mais de mim agora…
Ganhei novos amigos, recuperei antigos amigos, descobri novos
interesses, fiz coisas que sempre quis fazer e que fui deixando para trás,
abri-me à fotografia, á musica, á dança, saí da minha zona de conforto.
Tive algumas lutas externas (mami e tentar perceber, também
ela, quem era esta nova filha, passado a tentar re-encaixar no presente) e
internas (seria este o caminho certo, seria eu suficientemente forte,
suficientemente interessante, suficientemente mãe), mas dei a mim o tempo
necessário para estabilizar-me. Depois, seria mais fácil.
E foi.
O que nunca perdi de vista foram os meus filhos. Não me
colei a eles, não os absorvi em mim, não compensei a ausência de amor com o
amor deles, mas nunca, em momento algum,
os perdi de vista. Fomos sempre, os quatro, um nó. Um laço bem apertado no
coração. Fomos, sempre, felizes e equilibrados, mesmo quando eu, sozinha, não tinha
encontrado ainda o meu equilíbrio.
Depois, foi mais fácil.
Descoberto o meu caminho, o meu eu, dei de caras, sem
esperar, com o meu amor.
É claro que o achei lindo no momento em que o vi (ele
achou-me resmungona e faladora…), mas só soube que ele era e seria o meu amor,
alguns dias (não muitos) depois.
Não acho, honestamente, que a vida me tenha dado outra
oportunidade. O que eu acho é que a vida está cheia de oportunidades e de certezas.
O P. não era uma oportunidade, era uma certeza. Tive apenas de fazer algum
caminho até ele. E ele, algum caminho, até chegar a mim.
No caso dele, um caminho para uma família de quatro, que
aceitou, sem alguma reserva, como dele. Sei, de uma segurança absoluta, que os
meus filhos são os filhos dele, que não há mais amor em mim por eles do que
nele.
No meu caso, um caminho para ele se encaixar em nós, para
criarmos, de raiz, uma família de cinco, como se nunca tivesse sido sem ele. Num amor que nunca antes existiu em mim e que lhe estava destinado.
Esta minha estória não é inspiradora, portanto. É, tão-só,
prova de que a realidade supera os sonhos e que ser feliz é uma questão de
certeza. Mais vale, por isso, ser feliz sempre, em nós. Com a segurança de que
a felicidade com os outros é uma certeza, no momento certo.
quarta-feira, 15 de janeiro de 2014
segunda-feira, 13 de janeiro de 2014
há dias - quase todos - em que só a meio da manhã é que a minha manhã começa. Antes disso, fico rezingona e com pouca vontade de conversar. Faço as minhas funções na exacta medida das necessidades: visto e preparo três crianças, faço três pequenos almoços, preparo três lancheiras e mochilas, lavo-me e visto-me. Levo as três crianças á escola e vou trabalhar.
Só lá para depois das 10h é que começo a abençoar as minhas manhãs. o perfeito que é ter acordado, ter o meu amor ao lado para me ajudar nas tarefas, ter as minhas três crianças lindas e perfeitas a dormir, em paz, debaixo do mesmo tecto que o nosso. Só lá para meio da manhã é que começo a ter saudades deles, os quatro, e que me apetece dizer-lhes o quanto os amo.
Tenho tentado, todos os dias, acordar mais viva para a vida, mas é este o meu relógio biológico. Pouco virado, entre as 07 e as 09 AM, para beijos e miminhos e birrinhas e brincadeiras.
É um relogio mais virado para a introspecção, para o silencio, para a calma que as manhãs (pelo menos as nossas) não têm.
Na próxima encarnação, vou pedir para nascer num tempo em que a manhã só começa depois das 10...
Só lá para depois das 10h é que começo a abençoar as minhas manhãs. o perfeito que é ter acordado, ter o meu amor ao lado para me ajudar nas tarefas, ter as minhas três crianças lindas e perfeitas a dormir, em paz, debaixo do mesmo tecto que o nosso. Só lá para meio da manhã é que começo a ter saudades deles, os quatro, e que me apetece dizer-lhes o quanto os amo.
Tenho tentado, todos os dias, acordar mais viva para a vida, mas é este o meu relógio biológico. Pouco virado, entre as 07 e as 09 AM, para beijos e miminhos e birrinhas e brincadeiras.
É um relogio mais virado para a introspecção, para o silencio, para a calma que as manhãs (pelo menos as nossas) não têm.
Na próxima encarnação, vou pedir para nascer num tempo em que a manhã só começa depois das 10...
quinta-feira, 9 de janeiro de 2014
Numa casa com três crianças tudo (e é mesmo tudo) é motivo para disputas...
um brinquedo que nunca foi minimamente importante passa a ser o brinquedo mais importante do mundo num determinado momento, ser ou não o primeiro a tomar banho é uma guerra, quem desliga a televisão ou as luzes e porquê uma outra.
Vamos, por isso, inventando regras á medida das necessidades, naquele principio de que já vos falei da tentativa e erro.
É por isso que temos, por exemplo, uma lista para os banhos (que funcionou muito bem) e que elegemos agora um "responsável de comando". É que os miúdos são pequenos mas há coisas que já devem vir com o género e o comando já é uma extensão do seu braço!
Vai daí, cada dia temos um responsável pela televisão e pelos programas que escolhem (quando chegam da escola e não optam por outra brincadeira qualquer).
Não há qualquer dúvida de que os miúdos (acho que mais os rapazes, mas imagino que as raparigas também) precisam de regras. Precisam eles e nós, para sobrevivermos ao caos que é educa-los.
Se souberem as regras, evitam-se (ou pelo menos diminuem-se) os conflitos: regras para hora do jantar, regras para comer guloseimas, regras para jogar PSP ou tablet, regras de banhos, regras para trabalhos de casa...
Eu sei que pode parecer redutor, mas é seguro que, a não ser assim, nos desintegraríamos:)
Se houvesse uma só criança, seria mais fácil, não havendo forma de questionar porquê eu e não ele; numa família numerosa, as questões de pseudo-justiça (no entendimento deles), têm uma importância acrescida e têm de ficar sanadas sempre que acontecem. Porque as crianças (pelo menos estas) têm em si muito presente a ideia de (in)justiça e facilmente criam dramas e filmes... O que vale é que com a mesma rapidez com que inventam problemas, também assim os desfazem e continuam a ser o que melhor sabem ser: crianças:)
um brinquedo que nunca foi minimamente importante passa a ser o brinquedo mais importante do mundo num determinado momento, ser ou não o primeiro a tomar banho é uma guerra, quem desliga a televisão ou as luzes e porquê uma outra.
Vamos, por isso, inventando regras á medida das necessidades, naquele principio de que já vos falei da tentativa e erro.
É por isso que temos, por exemplo, uma lista para os banhos (que funcionou muito bem) e que elegemos agora um "responsável de comando". É que os miúdos são pequenos mas há coisas que já devem vir com o género e o comando já é uma extensão do seu braço!
Vai daí, cada dia temos um responsável pela televisão e pelos programas que escolhem (quando chegam da escola e não optam por outra brincadeira qualquer).
Não há qualquer dúvida de que os miúdos (acho que mais os rapazes, mas imagino que as raparigas também) precisam de regras. Precisam eles e nós, para sobrevivermos ao caos que é educa-los.
Se souberem as regras, evitam-se (ou pelo menos diminuem-se) os conflitos: regras para hora do jantar, regras para comer guloseimas, regras para jogar PSP ou tablet, regras de banhos, regras para trabalhos de casa...
Eu sei que pode parecer redutor, mas é seguro que, a não ser assim, nos desintegraríamos:)
Se houvesse uma só criança, seria mais fácil, não havendo forma de questionar porquê eu e não ele; numa família numerosa, as questões de pseudo-justiça (no entendimento deles), têm uma importância acrescida e têm de ficar sanadas sempre que acontecem. Porque as crianças (pelo menos estas) têm em si muito presente a ideia de (in)justiça e facilmente criam dramas e filmes... O que vale é que com a mesma rapidez com que inventam problemas, também assim os desfazem e continuam a ser o que melhor sabem ser: crianças:)
terça-feira, 7 de janeiro de 2014
Acabei de preencher o boletim de matricula do j para o 1º ano.
Sei que vai fazer seis anos e que está na hora de entrar na primária, mas a verdade é que não consigo olhar para ele como não sendo o meu bébé.
Até na roupa é estranho porque continuo a olhar para roupa nova (que lhe serve lindamente) como sendo enorme e tenho sempre tendência para achar que irá vestir um tamanho menor do que de facto veste.
É e vai ser sempre sempre o bebé do meu coração. não é que o p. e o m. não sejam, que claramente são, mas o j., veio depois. foi bebé depois, pode ser bebé ainda quando os irmãos, que se calhar ainda deviam ter sido, já não puderam ser tanto. Olho-os, aos três, e apesar de diferença de idades mínima e da diferença de tamanho e de desenvolvimento cada vez mais a desaparecer (até já lhe saíram 2 dentes), sinto-o, a ele, como o meu bébé.
Pudesse guardá-lo sempre comigo assim... (oh, que desejo pateta e egoísta, que o que eu mais quero é que cresça saudável e feliz!)
Sei que vai fazer seis anos e que está na hora de entrar na primária, mas a verdade é que não consigo olhar para ele como não sendo o meu bébé.
Até na roupa é estranho porque continuo a olhar para roupa nova (que lhe serve lindamente) como sendo enorme e tenho sempre tendência para achar que irá vestir um tamanho menor do que de facto veste.
É e vai ser sempre sempre o bebé do meu coração. não é que o p. e o m. não sejam, que claramente são, mas o j., veio depois. foi bebé depois, pode ser bebé ainda quando os irmãos, que se calhar ainda deviam ter sido, já não puderam ser tanto. Olho-os, aos três, e apesar de diferença de idades mínima e da diferença de tamanho e de desenvolvimento cada vez mais a desaparecer (até já lhe saíram 2 dentes), sinto-o, a ele, como o meu bébé.
Pudesse guardá-lo sempre comigo assim... (oh, que desejo pateta e egoísta, que o que eu mais quero é que cresça saudável e feliz!)
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